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Setembro amarelo: vamos falar do cuidado com a vida?

segunda, 20 de setembro de 2021

Apesar de se tratar de um assunto bastante delicado, o suicídio virou tema de uma importante campanha: o Setembro Amarelo, que é o organizado desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

A campanha tem como data oficial do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro. No entanto, durante todo o ano, e principalmente no decorrer do mês em que é celebrada, a campanha traz abordagens sobre os cuidados com a saúde mental e a vida.

E por que este é um assunto que precisa ser abordado, sobretudo nos dias atuais? A resposta está nas estatísticas.

Todos os anos, no Brasil, são registrados mais de 13 mil suicídios. Mundialmente, são mais de 1 milhão de pessoas que tiram a própria vida, deixando suas famílias, amigos e toda a sociedade sem respostas para muitas perguntas. 

Infelizmente, esta é uma realidade bastante dura e triste, e que enfrenta diversos tabus. Por muito tempo, falar em suicídio era algo quase inaceitável. Para muitos, até mesmo considerado um "pecado".

O fato é que os casos vêm aumentando, principalmente entre os mais jovens, onde aproximadamente 96,8% estão relacionados a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas.

Portanto, falar sobre o cuidado com a vida significa entender um pouco sobre os caminhos que levam o indivíduo a um ato extremo, a fim de oferecer apoio, e também entender a importância dos tratamentos de saúde mental em todas as fases e idades.

Sinal de alerta: quais os fatores de risco para o suicídio?

Existem alguns fatores que apontam para o risco de suicídio e que, muitas vezes, são negligenciados. Praticamente todos os casos de suicídio ocorreram com pessoas que apresentavam algum transtorno mental, tais como

  • - depressão
  • transtorno bipolar (TPB)
  • transtorno de ansiedade generalizada
  • esquizofrenia
  • transtornos relacionados ao uso de substâncias como álcool ou drogas ilícitas (crack e cocaína são as principais)
  • histórico pessoal (tentativa prévia aumenta as chances de uma nova tentativa)
  • fatores estressores crônicos, como perda de emprego, perda de um parente próximo, separação conjugal, etc
  • maus-tratos e abusos durante infância e adolescência
  • presença de doenças crônicas, sobretudo em fase terminal

Obviamente, o simples fato de uma pessoa possuir algum destes problemas não significa que ela é um suicida em potencial. É importante estar atento a outros aspectos psicossociais que podem agravar a situação.

Importância do tratamento psicoterapêutico e dos vínculos sociais

O fato de que a maioria dos casos de pessoas que tiram a própria vida está relacionado à presença de transtornos mentais leva à conclusão de que muitos deles poderiam ter sido evitados com ajuda profissional adequada.

Contudo, mesmo com a intervenção médica de um psiquiatra e com o uso de medicamentos, muitas vezes o indivíduo que sofre com transtornos dessa ordem não encontra o acolhimento necessário dentro de seu círculo social. Eis aí o importante papel da psicoterapia.

Por isso, observar as questões e comportamentos de pessoas que apresentem sinais de risco é fundamental para o salvamento de vidas. E quem sofre diretamente com o problema, deve encontrar meios de cuidado que viabilizem os tratamentos.

A principal mensagem do Setembro Amarelo talvez seja esta: a pessoa que pensa em tirar a própria vida deve saber que não está só! Mesmo quando não encontra um apoio próximo, existem recursos profissionais que podem ajudá-la.

Outro fator fundamental no cuidado com a vida é não julgar! É fundamental compreender e aceitar que cada um de nós sabe apenas sobre si e a dor do outro jamais poderá ser sentida na mesma intensidade. Portanto, oferecer apoio e compreensão e indicar caminhos para uma possível solução pode ser determinante para salvar a vida de quem estimamos.

Onde procurar ajuda?

Reconhecer os fatores de risco e as formas de proteção é o primeiro passo na busca por ajuda. Se você percebe que está enfrentando dificuldades e problemas emocionais que podem colocar sua vida em risco ou caso conheça alguém passando por situações que podem levar ao suicídio, procure ou indique um psiquiatra ou psicólogo.

Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) conta com voluntários treinados para atender pessoas que estejam passando por momentos críticos e de emergência, realizando atendimento de apoio emocional para prevenção do suicídio, de modo totalmente gratuito. As conversas podem ser por telefone através do 188, por e-mail ou chat 24.

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