LER: como tratar essa doença?
Um mal nem tão silencioso assim, mas que pode vir disfarçado: assim é a LER, a lesão por esforço repetitivo, que muitas vezes “engana” o portador fazendo-o pensar que é apenas uma dor momentânea. Mas não se iluda, essa síndrome, considerada basicamente ocupacional e que atinge principalmente trabalhadores e atletas, tem seus perigos sim. Entre eles, o do diagnóstico tardio, que pode acarretar em comprometimento grave da parte afetada.
Vale a pena prestar atenção nas causas e sintomas da LER para evitar que o quadro se agrave. Confira o post que preparamos sobre o assunto!
Por que a lesão por esforço repetitivo acontece?
A LER, na verdade, não é uma doença, mas uma síndrome que reúne várias doenças que afetam músculos, nervos e tendões. Ela acontece porque o nosso corpo nem sempre está preparado para a função que desempenhamos, pode estar sendo exigido além da conta, não há equipamento ergonomicamente adequado ou simplesmente quando ele não aguenta mais realizar o mesmo movimento com tamanha frequencia.
Basicamente, a LER ocorre quando há uma incompatibilidade entre o corpo e a função que deve ser desempenhada e exige determinados atributos físicos. O sistema musculoesquelético fica então sobrecarregado, com sua capacidade funcional comprometida.
Atenção aos sintomas da LER
É o caso, por exemplo, de quem passa várias horas sentado com a postura forçada ou a maior parte do dia digitando sem interrupções estratégicas. Os sintomas aparecem de forma gradual, e, geralmente, são descobertos quando a dores já ultrapassaram o nível tolerado. Elas podem se instalar em todo o corpo, mas são mais comuns nos membros superiores, principalmente nos dedos e no pulso.
Pode haver também formigamento na parte atingida, que costuma ainda apresentar inchaço, alteração de temperatura e da sensibilidade, redução na amplitude de movimento, dando início a um processo inflamatório. E é até fácil entender porque a lesão por esforço repetitivo acontece: nosso corpo não foi feito para passar oito, dez ou mais horas sentado à frente de um computador ou digitando textos, então é claro que elevai se ressentir. A tendinite, em um digitador, e a epicondilite, em um atleta, são exemplos de LER.
Tratamento é composto por anti-inflamatórios e descanso
O tratamento da lesão por esforço repetitivo é composto, basicamente, por dois procedimentos. A dor e o desconforto são gradualmente eliminados através do uso de anti-inflamatórios, mas a interrupção temporária da atividade que causou a lesão é fundamental. Em alguns casos, podem ser necessárias algumas sessões de fisioterapia e, em situações mais graves, haver indicação de aplicação de corticoides na área atingida, seu uso via oral e até intervenção cirúrgica.
Prevenção para LER é possível e funciona
A boa notícia é que a lesão por esforço repetitivo pode ser perfeitamente evitada – mas a sua prevenção é mais eficaz quanto maior o cuidado com o bem estar dos trabalhadores. Ou seja, no caso ocupacional, ela demanda um ambiente de trabalho agradável, com respeito às normas de segurança e equipamentos ergonômicos.
No entanto, há certas medidas que você mesmo pode tomar em casa ou no trabalho, como certificar-se de que o seu assento – cadeira, banco etc – é adequado ao tipo de atividade que você exerce; parar a cada hora e fazer exercícios de alongamento; procurar manter as costas eretas e apoiadas em encosto confortável; manter os ombros relaxados quando estiver sentado e evitar que os pulsos fiquem dobrados.
Fique de olho
Não esqueça: a LER pode atingir qualquer pessoa, ela não é restrita a um determinado grupo de trabalhadores ou atletas. Qualquer movimento ou trauma contínuo pode desencadear uma lesão por esforço repetitivo. Você pode desenvolver LER mesmo que não trabalhe, basta ficar muitas horas usando o computador ou jogando vídeo game, por exemplo.
Além disso, apesar de mais comum nos membros superiores, a LER pode atingir qualquer parte do corpo, como a coluna lombar ou o tendão de Aquiles (tendão do calcâneo) de quem caminha ou corre longas distâncias com frequencia.
Quer saber mais sobre LER ou alguma outra doença ocupacional? Compartilhe conosco a sua dúvida que nós a responderemos o mais breve possível!