Febre: o que ela pode indicar e quando procurar ajuda?
Quando a febre aparece, costuma assustar. Principalmente nas crianças, ela desperta a atenção dos pais para algo que não vai bem. No entanto, seja qual for a idade, esta elevação da temperatura corporal é considerada normal - até certo ponto - e pode ser desencadeada por uma série de fatores.
O surgimento da febre ocorre como um sistema de defesa do organismo, ativado diante de uma anormalidade que esteja comprometendo o funcionamento. Assim, o aumento da temperatura acontece para combater invasores, geralmente bactérias e vírus.
Desse modo, ao detectar a presença de microorganismos nocivos, o hipotálamo, que é a área do cérebro responsável pelo aumento da temperatura corporal, é acionado. Portanto, a febre não se trata de uma doença ou problema em si, mas de um sinal de alerta para o verdadeiro problema que se desencadeia em alguma parte do organismo.
Causas mais comuns de febre
A febre pode ser causada por fatores que vão além das infecções por vírus ou bactérias. Insolação, desidratação, condições inflamatórias e tumores malignos são algumas delas. Mas a febre também pode aparecer como efeito adverso de vacinas ou mesmo de alguns medicamentos.
Além disso, existe uma classificação de "causa não identificada", que é dada quando não é possível ao médico diagnosticar precisamente um paciente adulto que apresente temperatura igual ou superior a 38,3°C durante um período de três semanas.
No entanto, entre as origens mais frequentes de febre em todas as idades, podemos destacar
- - Causada por vírus - costuma acompanhar gripes, resfriados, inflamações na garganta, ou infecções do trato respiratório. Esta costuma ser a causa mais comum de febre em crianças (mais de 90% dos casos)
- - Derivada de doenças crônicas, como artrite reumatoide e colite, por exemplo
- - Febre que tem como origem as chamadas doenças tropicais, que são a dengue, a malária e a febre amarela
- - Efeito colateral do uso de alguns medicamentos
- - Em casos mais raros, a febre pode ter origem em tumores
Parâmetros de temperatura corporal
A temperatura corporal costuma variar ao longo do dia. Geralmente, no início da manhã ela é mais baixa, e se torna mais alta no fim da tarde. Por isso, os parâmetros considerados normais vão de 36ºC a 37,7ºC. Acima disso, já pode ser considerada a presença de febre.
No entanto, para fazer a medição e saber a temperatura correta é preciso utilizar um termômetro. Os modelos digitais são os mais populares e precisos, e também os mais baratos atualmente. Seu formato é bem parecido com os antigos termômetros de mercúrio.
Porém, existem outros modelos, como os termômetros de infravermelho, que se tornaram conhecidos com a chegada da pandemia no novo coronavírus. Contudo, esse tipo de aparelho só deve ser utilizado em crianças acima dos 4 anos de idade. Mas além de custar bem mais que os digitais, o termômetro infravermelho não é considerado tão preciso.
Como fazer a medição correta?
Nos termômetros digitais, o modo mais comum de medir a temperatura é pela axila. Para isso, deve-se posicionar o aparelho no local e manter o braço fechado e imóvel, impedindo que o termômetro se desloque. Este modelo possui um sinal sonoro, que irá tocar após o tempo necessário de aferição. Então, basta conferir o número no visor.
Além da medição axilar, também existem as formas oral e retal, que são geralmente realizadas em ambiente hospitalar. Outros modos de medir a febre, como na orelha e na testa, através de adesivos, também podem ser utilizados, mas são considerados menos precisos e eficientes.
Quando é hora de procurar ajuda médica?
Apesar de ser considerada um sintoma, a febre costuma vir acompanhada de sinais que indicam sua presença, como calafrios, tremedeira, suor, dores de cabeça, fraqueza e dor muscular.
Em casos de febre muito alta, variando entre 39,4°C e 41,1°C, é preciso tomar um cuidado maior, pois pode haver convulsões, irritabilidade, confusão mental e até alucinações. Portanto, ao observar a presença de febre mais elevada e persistente acima dos 39ºC, é hora de procurar atendimento médico.