Doenças sexualmente transmissíveis: Quais são?
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são um problema de todos, ainda que comportamentos de risco possam agravar a situação. Este tipo de infecção, causada por vírus, bactérias ou parasitas, é transmitida pelo contato sexual. Algumas são mais comuns em algumas regiões, outras são facilmente tratadas e curadas e há ainda aquelas sem cura e fatais. A parte boa é que todas as DSTs são igualmente evitáveis.
Hoje em dia, a famosa terminologia DST foi substituída por IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis – justamente por destacar a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir a infecção, ainda que não apresente nenhum sinal ou sintoma.
Números sobre as DSTs
Segundo o Ministério da Saúde, em 2009 havia mais de 10 milhões de brasileiros com DST ou IST, e, segundo o órgão, 18% dos homens e 11,4% das mulheres não procuram qualquer tipo de tratamento. Dentre as infecções mais comuns, estão HIV/Aids, clamídia, cancro mole, gonorreia, sífilis, herpes genital, HPV, verrugas genitais, chatos, hepatites virais, tricomoníase, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), donovanose, infecções pelo HTLV e linfogranuloma venereo (LGV).
São tantas as doenças que é até difícil agrupar todas as estatísticas. De acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, há hoje:
- 937 mil pessoas com sífilis;
- 1,54 milhão com gonorreia;
- 1,9 milhão com clamídia;
- 640 mil com herpes genital;
- 686 mil com HPV.
Em relação ao HIV/Aids, são mais de 800 mil pessoas contaminadas, 2,5 milhões de novos casos por ano em todo o mundo e mais de 38,8 milhões vivendo com HIV no planeta, segundo um estudo global divulgado em julho de 2016 pela revista The Lancet HIV.
‘Nova’ DST pode causar infertilidade
A lista de DST, que já é longa, cresceu ainda mais em 2015, quando foi descoberta a Mycoplasma genitalium (MG), identificada nos anos 80, mas, tão difícil de ser estudada na época, que a sua forma de contágio não conseguiu ser identificada. Agora, cientistas britânicos da Universidade de Washington realizaram um estudo com 4.507 pessoas que aponta o contato sexual como a maior possibilidade: a doença prevaleceu em pessoas que tinham vários parceiros e praticavam sexo sem camisinha.
A bactéria – que é a menor de vida independente conhecida no mundo – pode causar inflamação na uretra no homem e no cérvix da mulher, corrimentos, sangramentos após o sexo e pode levar à infertilidade se não for tratada. Ainda assim, a pesquisa mostrou que 94,4% dos homens e 56,2% das mulheres infectadas não sabem que são portadores da doença.
Informação também é uma forma de prevenção
Não importa a idade, o sexo, a cor da pele, a religião, o tamanho da conta bancária e nem o lugar em que vive: se você tem comportamento sexual arriscado, você tem comportamento de risco. E esqueça preconceitos, porque as DSTs não têm nenhuma relação com homossexualidade. A questão é matemática: quanto mais parceiros, e sem proteção, maior a chance de pegar uma doença sexualmente transmissível. Simples assim!
Na verdade, todas as formas de prevenção são bastante simples, mas, por algum motivo, muitas pessoas simplesmente preferem se arriscar. A camisinha é eficiente e deve ser usada a cada relação sexual, seja ela vaginal, anal ou oral. Se o problema é alergia ao látex, não tem desculpa, pois também existem preservativos de poliuretano. Lembre-se: métodos contraceptivos (pílula, injeção, diafragma etc) são para evitar neném, não doença.
Cuide-se, antes que seja tarde. Faça exames periódicos, converse com seu médico sobre se vacinar contra HPV e hepatites virais, e, se tiver qualquer sintoma, vá ao médico e inicie o tratamento o mais rápido possível.
De olho nos sintomas
Eles podem aparecer ou não. Os mais comuns são alterações de cor ou odor no órgão genital; corrimentos (vaginal ou uretral), lesões genitais como verrugas e vesículas; dor, ardência e sangramento. Também podem ocorrer feridas genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor, mas sem motivo aparente e difíceis de curar.
E não se esqueça: nunca deixe de compartilhar informações com o seu médico, seja por qual motivo for, e inicie o tratamento o mais rápido possível se o exame der positivo para qualquer IST.
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