Fumo passivo: quais as consequências?
Infelizmente o cigarro não prejudica apenas a saúde de quem fuma. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumante passivo também sofre os impactos negativos da poluição tabagística ambiental, considerada a terceira maior causa de morte evitável no mundo. A PTA é o principal agente poluidor de ambientes fechados e foi o motivo que levou o Brasil, em 1996 a regulamentar a proibição do fumo nesse tipo de ambiente.
Quer saber mais sobre os efeitos do fumo passivo para a sua saúde? Então continue lendo nosso post!
O que é fumo passivo?
Fumo passivo é a inalação por não fumantes da fumaça resultante da queima do tabaco do cigarro, cigarrilha, cigarro de palha, charuto, cachimbo, narguilé entre outros. Conhecido também como tabagismo passivo ou exposição involuntária ao fumo ou à poluição tabagística ambiental, o fumo passivo é comprovadamente prejudicial à saúde e gera consequências diversas para bebês, crianças e adultos.
Danos para a saúde
Além dos efeitos imediatos como irritação nos olhos, dor de cabeça, dor de garganta e tosse, as consequências do fumo passivo é diferente dependendo da faixa de idade.
Bebês expostos ao fumo passivo apresentam cerca de 5 a 6 mais riscos para a síndrome de morte súbita infantil. Crianças, por sua vez, contam com maiores índices de infecções no ouvido, problemas no crescimento e diminuição da capacidade pulmonar. Além disso, os pequenos sofrem com maior frequência de tosses e doenças respiratórias como pneumonia, bronquite e asma.
Os adultos expostos ao fumo passivo contam com 30% mais chances de terem risco de câncer no pulmão e 24% de chances maiores de terem um infarto. O desenvolvimento e agravamento de bronquite crônica e efisema são outros efeitos experimentados por adultos expostos à PTA. Alguns estudos também vêm sugerindo a relação entre o câncer de mama em mulheres pré-menopausa e o fumo passivo.
Legislação
Em 1996, o Brasil editou a Lei 9.294, que foi alterada em 2000 e 2003, proibindo o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro fumígeno derivado ou não de tabaco, em ambientes coletivos públicos ou privados. Posteriormente, os Municípios também passaram a criar leis específicas também restringindo o uso dos fumígenos.
A regulamentação do uso do cigarro, em geral, foi bem aceita tanto por não fumantes quanto pelos próprios fumantes. Muitos se reconhecem até incomodados com os efeitos mais sensíveis da fumaça que provocam irritabilidade e mau odor. Até os estabelecimentos não tem do que reclamar, já que estudos comprovam que a proibição do fumo em ambientes fechados não alterou ou diminuiu o público acarretando perdas financeiras para esse tipo de estabelecimento.
A OMS também conta com um tratado mundial de saúde pública (Convenção Quadro para o Controle do Tabagismo) onde recomenda que os países elaborem e apliquem leis para a criação de ambientes fechados 100% livres de fumo. A lei também sugere a criação de políticas de educação e sensibilização da população para os problemas do fumo passivo.
Ventilação resolveria?
Muitos pensam que apenas a ventilação resolveria a questão dos efeitos negativos da PTA, no entanto, embora a ventilação contribua para o conforto local, ela não elimina os problemas da PTA.
Apenas para se ter uma ideia a fumaça de tabaco possui cerca de 60 componentes cancerígenos e seis substâncias capazes de promover a mutação genética. Trata-se de um componente cancerígeno humano do tipo 1, onde não existem níveis de exposição considerados seguros. Por isso, mesmo com a ventilação, vários desses componentes ainda permanecem no local e geram consequências negativas a todos aqueles que frequentam os espaços.
E você? Já sabia das consequências de ser um fumante passivo? O que faz para eliminar os problemas já que não fuma? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe sua experiência conosco!