Conheça melhor a gripe H1N1
Ela voltou. Depois da pandemia de 2009, a síndrome respiratória aguda H1N1, vulgarmente conhecida como gripe suína, retorna ao país. Mais uma preocupação para os brasileiros, pois ela não é uma gripe comum. Apesar de os óbitos pela doença serem considerados raros, só este ano a H1N1 já foi responsável por 71 mortes do Brasil até 26 de março deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde – 55 delas só no Estado de São Paulo. Para se ter uma ideia, no ano passado inteiro este número foi de 36 mortes.
Surto antecipado pegou o país de surpresa
O H1N1 que chegou este ano não é diferente do que tem aparecido sazonalmente desde a pandemia de 2009 – nem mais grave nem mais letal, mas antecipado. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) como é chamada a doença, costuma chegar nos meses frios e a sua antecipação acabou pegando o governo de surpresa. A síndrome, que é considerada uma doença de inverno, chegou mais de três meses antes do esperado e da campanha de vacinação.
Não se sabe ainda a razão dessa epidemia fora de época, assim como não se sabe também porque desta vez ela está vitimando pessoas mais jovens do que a média anterior. Para os especialistas, é possível que ele tenha sido trazido por viajantes vindos de regiões onde o vírus é endêmico, como os Estados Unidos ou a Europa, e que as mudanças climáticas ocorridas por conta do aquecimento global estejam mudando o ciclo do vírus. Obesos e diabéticos também estão entre os grupos mais atingidos pelo vírus.
Cuidados para evitar o contágio
Vale a pena relembrar os cuidados para evitar o contágio. Evitar aglomerações e lugares fechados com grande quantidade de pessoas, não levar as mãos ao rosto ou à boca e lavá-las com frequência, higienizar as mãos depois de tossir ou espirrar, manter os ambientes bem ventilados, não compartilhar pratos talheres, copos e objetos pessoais e utilizar lenços descartáveis para a higiene nasal são basicamente, as medidas preventivas.
Pelo o que se sabe até hoje, a sua contaminação é feita da mesma forma que uma gripe comum, ou seja, de pessoa para pessoa, principalmente através da tosse ou espirro de pessoas contaminas. No entanto, há uma forte suspeita de que ela possa ocorrer também pelo toque com as mãos em objetos contaminados e depois levadas ao rosto.
Sintomas são parecidos com os da gripe comum
Como todos são vírus Influenza, os sintomas acabam sendo bastante parecidos com os da gripe comum. Ela ficou conhecida como gripe suína porque ela é motivo de surtos regulares em porcos, mas que passou a se disseminar também pelas pessoas. Como antes de 2009 não havia tido precedentes, a população não tem anticorpos contra ela.
Geralmente benigna e autolimitada, a H1N1 se caracteriza por um início abrupto dos sintomas: calafrios, tremores, febre alta, dor de cabeça, anorexia, mialgia, coriza, dor de garganta, tosse seca, dores no corpo, fadiga e, em algumas pessoas, diarreia e vômitos. A duração é de cerca de uma semana, mas os sintomas sistêmicos podem durar um pouco mais, principalmente a febre. Nos casos mais graves pode ocorrer pneumonia e falência respiratória, causando óbito. Ela também pode agravar doenças crônicas pré-existentes.
A orientação do Ministério da Saúde é que mediante do aparecimento dos sintomas, seja procurada uma unidade de saúde para identificação precoce do risco, evitando o agravamento da doença.