Câncer: estaríamos perto da cura?
No fim do ano passado, toda a população ficou eufórica e esperançosa com uma possível cura para o câncer descoberta pela Universidade de São Paulo. No entanto, a suposta droga milagrosa não foi submetida aos ensaios e testes clínicos previstos em lei e não é registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Afinal, teríamos ou não a cura para o câncer?
Todo ano, mais de 12 milhões de pessoas do mundo são diagnosticadas com câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Desses, 8 milhões morrem por causa da doença. O câncer é o nome dado à mais de 100 doenças associadas ao crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos.
Estas células são agressivas, incontroláveis e formam tumores. Existem vários tipos de câncer e de tumores, tudo depende do tecido original que começou a multiplicação de células. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais, é chamado de carcinoma. Se é de tecidos conjuntivos, sarcoma.
A cura para o câncer
Ainda não existe uma cura definitiva para essa doença que atinge toda a população mundial. A substância química estudada pela USP é a fosfoetanolamina, que seria um remédio para a doença. Logo após o estudo virar notícia, milhares de pessoas saíram em busca do medicamento e diversas ações judiciais tentaram liberar e proibir a substância.
A questão é que a fosfoetanolamina não foi estudada sobre os seus efeitos em seres humanos e ainda não houve um estudo controlado do seu uso e consequências. Por isso, ela não é registrada pela Anvisa e não pode ser classificada como remédio, pois nem bula possui.
Para entender melhor os efeitos da fosfoetanolamina, o presidente do STF, Ministro Ricardo Lewandowski, pediu informações sobre a eficácia da substância química ao Instituto Nacional do Câncer. Então, por enquanto, o medicamento está sendo testado e analisado, mas ainda não há um parecer final sobre a sua efetividade na cura contra o câncer.
O químico Gilberto Chieirice, pesquisador da USP que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética, foi denunciado à Polícia Civil pela Procuradoria da USP. Eles alegam que o pesquisador praticou o crime de curandeirismo, por ter distribuído o medicamento para a cura de doenças.
Atualmente, está sendo discutida a liberação da fosfoetanolamina como suplemento alimentar. No dia 30 de março, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, recomendou a liberação mas afirmou a necessidade de um acompanhamento médico. Para o ministro, essa medida impediria que pacientes, desesperados e em buscas da cura, procurassem adquirir a substância com fontes desconhecidas e inseguras.
Gostou de saber mais sobre a possibilidade de cura para o câncer? Deixe o seu comentário!